O Dia Nacional dos Surdos que tem como principal objetivo propor a reflexão e o debate sobre os direitos e a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade.
26 de setembro é o Dia Nacional do Surdo, data que relembra, a toda a sociedade, a luta da comunidade surda brasileira por direitos e inclusão. O mês, aliás, é chamado de Setembro Azul: um período dedicado à conscientização sobre as conquistas da comunidade surda e o quão urgente e indispensável é a ampliação da acessibilidade.
Mas, por que setembro?
Setembro é um mês de marcos históricos para a comunidade surda, a começar pelo dia 10, celebrado como o Dia Mundial da Língua de Sinais. A data foi escolhida para relembrar o Congresso de Milão ocorrido entre 06 e 11 de setembro de 1880 - a primeira conferência internacional de educadores de surdos –, em que se proibiu o uso de línguas de sinais no mundo. Parece absurdo? Exatamente: no evento, especialistas (a maioria deles, ouvintes) definiram que as línguas gestuais seriam um retrocesso aos surdos e que a leitura labial seria a forma de comunicação adequada à comunidade.
O Dia do Surdo, no Brasil, foi oficializado em 2008, por meio do decreto de lei nº 11.796. O dia 26 de setembro foi escolhido por ser a data da fundação da primeira escola de surdos no país: o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Fundado em 1857, na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto segue em atividade e, atualmente, possui cerca de 600 alunos.
Já o Dia Internacional do Surdo ocorre no dia 30 de setembro, bem como o Dia Internacional do Tradutor Intérprete de Línguas de Sinais. A comunidade surda do Câmpus de Gurupi está preparando atividades especialmente para a data: saiba mais na matéria.
Assim, ao longo de todo o Setembro Azul, a comunidade surda do Brasil também se reúne em eventos dedicados ao debate de suas pautas, como a educação dos surdos e a criação de escolas bilíngues, em que o ensino de Libras – a Língua Brasileira de Sinais - também seja ofertado.
E por que azul?
O azul simboliza a resistência da comunidade surda e remete à Segunda Guerra Mundial. No período, todas as pessoas com deficiência – entre essas, os surdos - eram identificadas, pelos nazistas, com uma faixa azul no braço. Essas pessoas, então, eram então encaminhadas à execução.
Em 1999, a fita azul passou a ser usada pela comunidade surda como um símbolo de orgulho e de resistência. A ideia surgiu durante o XIII Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos, sediado na Austrália, em que se realizou a Cerimônia da Fita Azul (Blue Ribbon Ceremony), inaugurando a simbologia do movimento.